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Como usar design thinking para resolver problemas e ser mais inovador?

Fonte: AEC Web

Focada nas necessidades dos clientes, metodologia permite mapear fragilidades e encontrar soluções de forma colaborativa e empática. Entenda

Embora seja estudado desde os anos 1970, o design thinking vem adquirindo espaço nas corporações, especialmente naquelas com viés de inovação, para apoiar a resolução de problemas e o desenvolvimento de produtos, serviços e processos. Inspirada no modo de pensar democrático e desburocratizado dos designers, a metodologia tem custo de implementação baixo, incentiva a experimentação e valoriza o trabalho colaborativo na busca de novas soluções.

“A principal vantagem do design thinking é ser centrada no ser humano, trazendo o usuário ou cliente para o centro da discussão”, afirma Rafael Alpire, especialista em gestão do conhecimento e inovação da Engeform Engenharia. Segundo ele, o método gera soluções com propostas de valor maiores. Além disso, auxilia a criação da cultura de inovação, por meio da empatia, colaboração, foco no cliente, prototipagem e testes.

O design thinking pode ser utilizado por empresas que atuam em diferentes mercados, com objetivos variados. “O processo acontece por meio da construção coletiva e colaborativa, com pessoas com experiências diversas, com cargos e pontos de vistas diferentes. Isso possibilita a criação de soluções alinhadas às reais necessidades, capazes de agregar valor ao negócio e aos clientes, sejam eles internos ou externos”, explica Alpire.

 

APOIO À INOVAÇÃO

 

Em algumas companhias, o design thinking vem sendo especialmente útil como ferramenta de apoio à estratégia de inovação. Na Engeform Engenharia, por exemplo, o processo começa com um mergulho em uma dor a ser resolvida. São realizadas entrevistas e conversas em grupo, com o intuito de enxergar variados pontos de vista e criar empatia com as pessoas envolvidas. “Após a imersão com o design thinking, pensamos em como resolver a dor e/ou melhorar os processos. Nesse momento, conectamos com a inovação, lançando um desafio aberto para startups e buscando a solução identificada no ecossistema do nosso mercado”, diz Alpire.

Uma vez decidida qual solução será adotada, realizamos uma prova de conceito, gerida através de metodologias ágeis (sprint, scrum, kanban) e com OKR’s (objetivos e resultados-chave) definidos. “A partir desse ponto, é possível expandir a solução para a empresa toda ou regressar para a ideação”, revela o engenheiro.

 

DESAFIOS DE IMPLANTAÇÃO

 

Embora o design thinking seja conhecido por sua acessibilidade, para as empresas que estão iniciando uma jornada de utilização é interessante adotar alguns cuidados. O primeiro deles é criar um ambiente confortável para que as pessoas participem verdadeiramente e exponham seus pontos de vista, sentimentos e ideias.

“Além disso, é interessante começar gradualmente, tomar cuidado com as expectativas criadas pela alta direção e lembrar que a transformação da cultura, em especial no nosso setor, é um pouco lenta”, alerta Alpire. Ele destaca, ainda, a importância de apoiar as equipes e testar vários canais de comunicação até entender qual é o melhor para a empresa.

Nathalie Brito, gerente no braço de desenvolvimento imobiliário da Engeform, recomenda também que haja um facilitador com experiência para conduzir os encontros. “Essa pessoa deve ser qualificada para instruir o grupo nas dinâmicas e manter as discussões e colaborações alinhadas ao objetivo mapeado. Para isso, é importante investir na capacitação desses facilitadores ou na contratação de um terceiro especializado para apoiar nessas sessões”, sugere.

A capacitação de toda a equipe, aliás, é um fator de sucesso para o uso da metodologia. “Capacitar o time com técnicas de liderança e gestão ágil, além de conhecimentos em coleta, estruturação e análise de dados, é fundamental para potencializar e multiplicar os resultados do design thinking”, conclui a engenheira.

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