Fonte: Revista Brasil Engenharia
O mercado de saneamento é um dos que mais carecem de investimentos e ao mesmo tempo têm potencial de desenvolvimento no Brasil. Sendo fundamental para a manutenção da saúde pública, apresenta um enorme horizonte de crescimento e movimentação da economia, sobretudo após o destaque que ganhou durante o enfrentamento da pandemia da covid-19 e a aprovação do novo Marco Regulatório. Muitos estudos mostram que para a evolução de um setor como esse, a gestão do conhecimento e a inovação são fatores que precisam ser grandes aliados de todos os integrantes da cadeia produtiva. Com mais de quatro décadas de atuação em engenharia (saúde, saneamento, edificações, infraestrutura etc.) e tradição em obras e prestação de serviços de saneamento, a Engeform Engenharia tem esses quesitos arraigados em sua cultura.
“São anos de expertise que nos proporcionaram muito aprendizado, gestão do conhecimento e o desenvolvimento de um olhar sensível ao que pode ser inovador e benéfico para a vida de milhões de pessoas. Não à toa, nos orgulhamos por ter algumas de nossas obras figurando entre as principais do Brasil. Além disso, cada vez mais aplicamos soluções disruptivas em nossos contratos, o que têm tornado as execuções mais rápidas, econômicas, eficientes e seguras”, destaca Eduardo Araújo, gestor Executivo de Negócios da Engeform Engenharia.
Atualmente, a empresa conta com sete contratos de saneamento em andamento, sendo seis no estado de São Paulo e um no Espírito Santo. Desses, um já foi, inclusive, premiado por apresentar um projeto inovador. Trata-se da construção da adutora Jaraguá – Perus – Caieiras, no extremo norte da capital paulista, que triplicará a vazão de água nessas cidades. O grande desafio dessa execução era a falta de informações quanto às condições da área, uma vez que o local passou por um crescimento acelerado e não tão linear ao longo do tempo e o projeto original foi realizado com informações prévias a esse crescimento. Nesse cenário, a Engeform desenvolveu um estudo em parceria com uma das startups aceleradas no Okara Hub – seu ecossistema de inovação em parceria com outras empresas. A construtech realizou o mapeamento topográfico completo da área do projeto por meio de VANTS (Veículos Aéreos Não Tripulados), fornecendo informações para a alteração, para o canteiro central, do traçado inicialmente projetado para ser executado no terço da via. A mudança foi aprovada e resultou na redução do impacto ambiental e de custos, aumento da segurança tanto para os funcionários, quanto para a população, além do adiantamento de várias etapas do trabalho. Metodologia similar foi utilizada na obra, em consórcio, para a Cesan, no Espírito Santo. “O escopo, de forma geral, contempla a construção de um sistema de esgotamento sanitário nas cidades de Cariacica e Viana, e todo o mapeamento da região foi feito por meio de drones. Com essa iniciativa, um procedimento de levantamento planialtimétrico que demoraria cerca de seis meses foi concluído em dois”, destaca Rodrigo Vertamatti, gestor do Negócio responsável pela obra.
Voltando à terra da garoa, outro case da Engeform Engenharia envolve justamente água potável. Na área abastecida pelo reservatório da Consolação, o volume das perdas de água chegou a ser de 40% e a causa eram os danos sofridos com o passar dos anos nas centenárias tubulações da metrópole. Em 2018, a Engeform se tornou líder do consórcio contratado pela Sabesp para tratar do problema, com o objetivo de reduzir em até 35% o volume perdido. Nesse contrato, a empresa também utilizou soluções inovadoras e disruptivas. “Como a obra tinha muitas frentes de serviços espalhadas em um setor de mais de 300 km de rede, conquistamos o controle da produção e do avanço físico por meio de um aplicativo chamado Controller, que possibilitou o lançamento dos itens produtivos em tempo real. Já na operação, considerando todas as interferências encontradas no subsolo do centro de São Paulo, implantamos o mapeamento como Georadar, equipamento de última geração para a detecção indireta de redes existentes, como de gás, elétricas e fibras óticas. E complementamos o processo de mapeamento com hastes com ponteiras de Nylon para sondagens, o que foi um diferencial para a confirmação e detecção direta dessas interferências, sem correr grandes riscos”, explica Fernando Brandão, engenheiro responsável pelo empreendimento.
Ainda em São Paulo, também liderando um consórcio, a Engeform Engenharia está executando o contrato de performance das obras e serviços do lote “Córrego Alto Pirajuçara”, que faz parte do programa Novo Rio Pinheiros, uma das prioridades do Governo do Estado de São Paulo junto com a Sabesp, cujo investimento é de cerca de R$ 1 bilhão e contribuirá com a despoluição do Rio Pinheiros. “Com engenharia de qualidade e levando em consideração o dia a dia da população, o destaque desse contrato é a utilização dos métodos não destrutivos para a construção e adequação do sistema de esgotamento sanitário das famílias moradoras na região atendida. Isso significa que não haverá abertura de valas a céu aberto e a interferência será mínima na rotina dos moradores”, conta Eduardo Tonetti, gestor do Negócio da Engeform Engenharia que está à frente desse projeto.